quinta-feira, outubro 01, 2009

PLANTÃO – Presos tentam fugir do cadeião de PG,

No início da noite de quarta-feira, mais de 40 policiais civis e militares cercaram o presídio Hildebrando de Souza, no Núcleo Santa Maria. As autoridades de segurança do Município tomaram essa decisão para evitar fuga em massa. Por volta das 20h45 houve uma operação de emergência para a transferência de 22 presos à carceragem da 13ª. DP. Todos esses internos ocupavam a 3ª.e 4ª. galerias. Nesse setor do presídio foi escavado um túnel. Uma cela, segundo apurou o jornal Diário dos Campos, está tomada por uma montanha de terra. Por medida de segurança, a PM permaneceu de prontidão toda a madrugada. Agora pela manhã está ocorrendo uma operação pente-fino no interior do prédio. As obras para fechar o buraco também já se iniciaram. Os 22 presos transferidos na noite de quarta-feira para a 13ª SDP, se rebelaram por volta das 6 horas da manhã de hoje, segundo informou a delegada-chefe, Araci Carmen Costa Vargas. Os criminososo quebraram vidros, abriram um buraco na parede e danificaram as portas de ferros. A situação foi controlada pelos policiais civis de plantão. Por volta das 9h45, o delegado adjunto João Manoel Garcia Alonso Filho entrou na carceragem para conversar com os presos. Ele conseguiu contornar a situação. No cadeião não ocorreramm incidentes durante esse período. Na última terça-feira, em entrevista ao jornal Diário dos Campos, o diretor da Vara de Execuções Penais (VEP), da Comarca de Ponta Grossa, juiz Antonio Acir Hrycyna, descartou a interdição da cadeia pública – que tem mais de 480 presos, entre homens e mulheres, com 172 vagas disponíveis. Essa medida, segundo afirma, agravaria ainda mais o problema. “No passado já se falou em interdição. Só que com a interdição a gente cria um problema para a gente mesmo porque as autoridades policiais vão querer uma solução. Infelizmente a criminalidade tem crescido, a polícia tem agido, e mais pessoas são presas. O que se vai fazer?”, questiona. Para o juiz, a cadeia já ultrapassou a capacidade limite e está muito próximo ao insustentável. “Infelizmente tenho que dizer isso. Esperávamos chegar aos 500 presos apenas no fim do ano e este número atingimos com alguns meses de antecedência. Há riscos. Numa condição de superlotação, a primeira coisa que vem à cabeça da gente é a revolta de presos - é uma rebelião. Felizmente a autoridade policial que está lá dirigindo a cadeia vem fazendo o possível e o impossível para evitar essas coisas”, assinala. Preocupado com a superlotação carcerária, o deputado Jocelito Canto solicitou à Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) a instalação de celas modulares na cadeia pública de Ponta Grossa para a abertura de novas vagas. Para a Ordem dos Advogados do Brasil, a solução continua sendo a construção de uma Casa de Custódia.

DC

Nenhum comentário:

Postar um comentário